Segundo o OGPL, o subsídio municipal destinado ao transporte coletivo deve alcançar R$ 177 milhões em 2025, quase o dobro do valor pago em 2024
Por Equipe OGPL - 29/08/2025
O Observatório de Gestão Pública de Londrina (OGPL) encaminhou à Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) um ofício questionando a composição tarifária e a transparência na gestão do transporte coletivo urbano. O documento solicita uma série de esclarecimentos sobre custos, subsídios e fiscalização do sistema.
Segundo o OGPL, o subsídio municipal destinado ao transporte coletivo deve alcançar R$ 177 milhões em 2025, quase o dobro do valor pago em 2024. A cifra corresponde à diferença entre o custo total do sistema, estimado em R$ 305 milhões, e a arrecadação com tarifas, projetada em R$ 128 milhões. Atualmente, o usuário paga R$ 5,75 por passagem, mas o custo real chega a R$ 10,20 na área da Londrisul e R$ 11,80 na da TCGL, de acordo com reportagem publicada pela Folha de Londrina em 5 de agosto.
No ofício, a entidade aponta que apenas 7,7% da população utiliza o transporte coletivo na cidade e questiona a sustentabilidade do modelo diante do alto volume de recursos públicos. Também solicita informações sobre a margem de lucro das concessionárias, a destinação dos subsídios, a prestação de contas e a fiscalização feita pelo poder público.
Entre os pedidos, estão cópias das planilhas de custo atualizadas, relatórios dos repasses realizados nos últimos dois anos e detalhes sobre o estudo contratado com a empresa LG Mobilidade Urbana, no valor de R$ 140 mil, para revisão tarifária. O OGPL também requer que as planilhas de cálculo tarifário de 2025 sejam publicadas no site da CMTU, juntamente com as dos anos anteriores.
A entidade fixou prazo de 30 dias para que a CMTU responda aos questionamentos, com base na Lei de Acesso à Informação.